Um ótimo jogo de ação com combate fantástico, chefes emocionantes e muitos bugs.

Nunca fiquei tão impressionado, mas simultaneamente tão incrivelmente frustrado com um jogo como fiquei com Black Myth: Wukong. Este é, sem dúvida, um dos jogos de ação mais ambiciosos e impressionantes que já joguei. É incrivelmente lindo; seu combate é fantástico; é incrivelmente desafiador, mas sempre satisfatório de superar; e o cenário é refrescantemente único e mergulhado na rica cultura chinesa, apenas para cantar alguns de seus louvores. Apesar de tudo isso, muitas vezes parece que mal está segurando tudo junto. Sofri inúmeras falhas no PC (a versão PlayStation 5 não foi disponibilizada para esta análise), apesar de ter uma configuração top de linha com uma GeForce RTX 4090, sem mencionar as várias vezes que caí no chão e morri quando estava prestes a derrotar um chefe particularmente difícil, ou a maneira como os personagens mudavam aleatoriamente do inglês para o chinês, ou a maneira como o áudio do diálogo saía e me deixava completamente no escuro durante uma cena importante. É uma montanha-russa frágil, com certeza, e definitivamente houve pontos durante o passeio em que eu não estava me divertindo muito, mas como um todo, esta é uma aventura em que os solavancos valem a pena.

Black Myth: A história de Wukong é uma espécie de continuação do romance clássico Journey to the West de Wu Cheng'en, um livro que eu só conheço pessoalmente graças a adaptações muito soltas como Dragon Ball e Enslaved: Odyssey to the West. Essa familiaridade superficial não ajudou muito, já que a interpretação que os desenvolvedores da GameScience criaram aqui está repleta de referências a personagens e eventos do romance, sem fazer um ótimo trabalho em atualizá-lo sobre quem é Sun Wukong ou o que ele encontrou em sua jornada titular. Tive que procurar online para entender quem era Zhu Bhajie, qual é sua história com Wukong e qual era o significado de certos encontros, porque senão eu teria ficado completamente perdido às vezes.